quinta-feira, 8 de maio de 2014

Política do salário mínimo avança na Câmara


 
A Câmara dos Deputados aprovou ontem regime de urgência para dois projetos de lei que estendem a atual política de valorização do salário mínimo, que venceria em 2015, até 2019. O requerimento, que permite que as propostas sejam analisadas diretamente pelo plenário, sem passar pelas comissões, foi aprovado por unanimidade em meio ao debate eleitoral.

A disputa teve início com pronunciamento da presidente Dilma Rousseff na TV, em comemoração ao 1º de maio, em que ela prometeu manter a política de valorização do salário mínimo em um eventual segundo mandato - mas não disse qual a fórmula do reajuste que seria adotado.

Os dois principais adversários de Dilma, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), também prometeram manter a política de valorização do mínimo. O tucano fez o gesto mais concreto, com a apresentação de projeto assinado pelo líder do partido na Câmara, deputado Antônio Imbassahy (BA).

Ontem, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), afirmou que a votação em plenário dependeria de acordo com os líderes partidários. Mais cedo, o líder do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse ao Valor que iria apoiar a urgência para não dar discurso para a oposição, mas ainda não havia definição sobre o mérito.

Além do projeto do PSDB, também teve urgência aprovada proposta do PSD que estende a política de valorização do mínimo e amplia a correção para os aposentados. A atual fórmula aumenta o mínimo pela variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) dos 12 meses anteriores mais o percentual de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. Ambos os projetos têm que passar pelo Senado antes de ir à sanção presidencial.

FONTE: Valor
 

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