A
Força Sindical iniciou hoje (dia 21), em São Paulo, o Encontro
Nacional dos Secretários de Formação e Educação Sindical, com a
participação dos secretários de formação dos Estados. “O
movimento sindical deve acompanhar as mudanças de ocorrem no País,
especialmente nos estados que recebe grande volume de investimento”,
declarou o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva,
Paulinho, na abertura do evento. Paulinho destacou a importância de
fazer trabalho nas bases, ou seja, manter contato permanente com os
trabalhadores.
Diversos
dirigentes da direção nacional falaram sobre o tema. O objetivo do
Encontro é preparar os sindicalistas, fortalecer a central e ocupar
espaços políticos. João Carlos Gonçalves, Juruna,
secretário-geral da Força Sindical, também defendeu a tese de que
os sindicalistas devem ampliar o horizonte e não se limitarem
apenas aos conhecimentos de assuntos que interessam somente as
suas categorias. “O projeto de formação visa buscar elementos que
nos ajude a traçar diretrizes para um trabalho a longo prazo. Por
exemplo, ter uma posição sobre o petróleo”, declarou Juruna.
O
secretário de Formação, José Pereira dos Santos, ressaltou que os
dirigentes já são bons negociadores e agora devem dar mais um passo
e aprenderem sobre política partidária. “Conseguimos reajustes
salariais, cestas básicas e PLRs (Participação nos Lucros ou
Resultados). No entanto, mesmo com todas estas conquistas, o
trabalhador volta para o seu bairro e enfrenta precariedades nas
áreas da saúde, educação, segurança, infraestrutura e a poluição
no ar, na água e no solo. Precisamos aprender a negociar soluções
para estes problemas para vivermos melhor”, ressaltou.
Geraldino
dos Santos Silva, secretário de Relações Sindicais, afirmou que
formar dirigentes é um desafio pois todos os dias surgem fatos
novos. “É uma ilusão achar que se consegue vitórias com discurso
fácil. É preciso se preparar”, disse.
Sergio
Luiz Leite, Serginho, 1º secretário da Força Sindical, considerou
que a formação deve ser no sentido amplo e com interação
com outras secretarias da Central. Já Antonio Rogério Magri,
assessor da Força, disse que a qualificação não significar apenas
ter mais conhecimento intelectual, mas usar o que aprendeu para
sacudir os trabalhadores.
Secretarias
No
Encontro, os titulares de algumas secretarias expuseram seus planos
de trabalho e suas opiniões sobre a formação dos dirigentes.
Arnaldo Gonçalves, secretário nacional da Saúde e Segurança,
informou que haverá em sua área um curso à distância em parceria
com a Universidade de Alcalá, da Espanha.
Ruth
Coelho Monteiro, secretária de Políticas de Direitos Humanos e
Cidadania, falou sobre o combate às práticas antissindicais e
explicou os cursos programados para os sindicalistas. Já Maria
Auxiliadora dos Santos, secretária da Mulher também expôs seu
plano de trabalho, que inclui cursos para dirigentes.
Para
Adalberto Galvão, secretário de Assuntos Raciais, um plano nacional
de formação não pode se limitar a qualificar o dirigente sindical.
“A formação tem que ser teórica (para fundamentar a capacidade
ideológica do dirigente) e operativa (para dar a forma prática às
ações). É preciso conhecer a formação social brasileira que
contribuiu muito para a formação econômica. Temos de conhecer a
forma odiosa, que foi o trabalho dos escravos e a necessidade de
reparação desta prática que causa sofrimentos até hoje”.
Experiências
Políticas
Os
secretários estaduais ouviram as experiências de dirigentes
sindicais que hoje também têm cargos nos Poderes Legislativo e
Executivo:
1) Heleno
Benedito da Silva – vereador e diretor do Sindicato dos
Metalúrgicos de Guarulhos;
2) Atevaldo Leitão – vereador
em Diadema e diretor do Sindicato dos Trab. da Construção Civil de
SP;
3) Antonio de Sousa Ramalho – deputado estadual SP e
presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil
SP;
4) Rodrigo Alves Carvelo - vice-prefeito e secretário de
Obras e Desenvolvimento de Catalão (GO) e da direção do Sindicato
dos Metalúrgicos da cidade;
5)José
Isaias Vechi - vereador e metalúrgico em Brusque - SC
6) Paulo
Pereira da Silva, Paulinho - presidente da Força Sindical e deputado
federal (PDD-SP).
O
professor Antonio Veronezi, da Universidade de Guarulhos fez uma
palestra sobre "A Educação e o Mercado de Trabalho".
Em
seu depoimento, Ramalho lembrou a sua trajetória na vida sindical,
destacou o papel do deputado federal Paulo Pereira da Silva,
Paulinho (PDD-SO), presidente da Força Sindical, e do senador Paulo
Paim (PT-RS).
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